CE: Tudo que entra sai? Vamos descobrir!

endoscopia veterinária CE


Nem sempre, ou pelo menos não sem ajuda.

Muitos são os pacientes que nos chegam por ingestão de corpo estranho (CE). Alguns desses corpos estranhos poderão fazer transito sem causar danos significativos, até mesmo agulhas, o problema é que quando causam danos o resultado pode ser catastrófico: perfuração intestinal, peritonite e sepsis.
A dúvida que se põe sempre é quando esperar? Como saber qual CE pode transitar sozinho sem causar obstrução ou perfuração?
Não há realmente uma resposta direta a essa questão. Vai depender muito, do paciente, do tipo de CE, dos sinais clínicos que o paciente apresenta, do seu estado geral e da localização do CE.


O que está definido é: qualquer CE que provoque obstrução deverá ser removido imediatamente.

Contudo um CE que não está a provocar obstrução ou qualquer sinal clínico no momento poderá provocar num futuro próximo. Um estudo de Hayes 2009, mostrou que apesar de CE poderem ser encontrados em qualquer parte do tubo digestivo, 63% das obstruções acontecem no jejuno.
Assim sendo, um CE que não esteja a provocar obstrução no duodeno proximal poderá provocar obstrução nos segmentos adjacentes.


Tendo em conta o risco que uma obstrução representa, sempre o paciente não apresente contra-indicações anestésicas ou cirúrgicas optamos por remover o corpo estranho por endoscopia, minimizando as complicações pós cirúrgicas e acelerando o recobro do paciente. Podendo voltar a alimentação sólida mais rápido.

A endoscopia nestes casos representa: menos tempo cirúrgico, menos complicações e recuperação mais rápida.

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Referencias Bibliográficas:
Hayes G. Gastrointestinal foreign bodies in dogs and cats: a retrospective study of 208 cases. J Small Anim Pract. 2009;50(11):576‐583.

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